ÁLCOOL
É a energia obtida do gás produzido pela matéria orgânica em decomposição. A inclusão de biomassa como fonte de energia potencial química é devido à maneira como é transformada em energia útil. A biomassa apresenta inegável importância na sociedade moderna. No Brasil, em particular, seus dados são significativos: a biomassa corresponde a 28% da produção total de energia primária, superior inclusive à produção nacional de combustíveis fósseis; o carvão vegetal brasileiro representa um terço da produção mundial deste energético; os derivados de cana de açúcar contribuíram com cerca de 13% da produção de energia primária do país; o álcool carburante atende a aproximadamente 32% do consumo de energia em veículos leves, sendo que o uso da biomassa no setor sucro-alcooleiro distingue o Brasil como detentor de um dos mais importantes programas de geração renovável de energia do planeta. O Brasil possui todas as características necessárias para aumentar ainda mais sua produção de biomassa, como já ocorre com o etanol, carvão vegetal e lenha.
Os programas de biomassa têm gerado no país um número de empregos superior a um milhão, com um investimento específico inferior ao de outros setores da economia. Mais ainda, o uso da biomassa energética aumenta a oferta de emprego e a riqueza no campo, além de reduzir o gasto com divisas estrangeiras na importação de petróleo e contribuir na redução do efeito estufa ao substituir combustíveis fósseis. Modernas tecnologias para utilização de biomassa como fonte de energia incluem, além da produção de etanol e de carvão vegetal a partir de florestas plantadas, a geração de energia elétrica nos setores de açúcar e álcool, papel e celulose, entre outros. Destacam-se como vantagens a não interferência no efeito estufa (o gás carbônico liberado durante a queima é absorvido depois no ciclo de produção).
ProÁlcool – um programa brasileiro
O Proálcool foi criado pelo Governo Federal em 14 de novembro de 1975, com a finalidade de desenvolver a produção do álcool e sua comercialização como substituto da gasolina. Inicialmente o álcool foi utilizado em mistura com a gasolina (até 20% de álcool anidro). A partir de 1979, começou a ser vendido em postos de abastecimento como um novo combustível (álcool hidratado), ao mesmo tempo em que as indústrias automobilísticas iniciavam a venda do carro movido a álcool.
Para fortalecer o programa, o Governo Federal apresentou algumas vantagens aos proprietários de veículos a álcool: abastecimento aos sábados (o abastecimento de gasolina só podia ser feito de segunda a sexta-feira); preço máximo de 65% do preço da gasolina e redução da Taxa Rodoviária Única. E, para garantir o abastecimento, o governo financiaria os projetos de instalação de destilarias a juros subsidiados.
Em 1982, o Governo Federal voltou à carga, com nova campanha tentando fortalecer o Proálcool, seriamente ameaçado por várias medidas e contramedidas e por uma imagem extremamente negativa. Fixou então o teto de preço do álcool em 59% do preço da gasolina (durante dois anos); reduziu o preço dos carros a álcool (em relação aos modelos a gasolina); e a Caixa Econômica Federal passou a financiar a longo prazo e a juros menores carros para motoristas de táxi (isentos do Imposto sobre Produtos Industrializados, o que reduz o preço do veículo em mais de 40%). As fábricas, paralelamente, tinham desenvolvido projetos mais confiáveis, tanto do ponto de vista mecânico como de eficiência.
O Proálcool apresenta também outra face: apenas grandes projetos foram aprovados e financiados, formando grandes latifúndios, que expulsaram os pequenos proprietários, ocuparam terras antes destinadas à produção de alimentos e, pela intensa mecanização da lavoura de cana-de-açúcar, não ampliaram a oferta de empregos no campo. Em consequência, houve concentração de renda na mão de poucos; a cana-de-açúcar foi favorecida em relação a outras culturas potencialmente produtoras de álcool (mandioca, por exemplo), trazendo consigo a poluição, o vinhoto, resíduos da destilação; e a expansão dessa lavoura encareceu os produtos alimentícios, empurrados para locais mais distantes dos centros consumidores e para terras menos férteis.
Finalmente, o Proálcool foi desenvolvido supondo-se um encarecimento constante do petróleo. A queda nos preços na década de 80 acabou tornando o Proálcool mais caro que o derivado que iria substituir: a preços de 1981, a gasolina custava 35 dólares o barril, enquanto o álcool custaria cerca de 80/90 dólares por barril equivalente. A partir de 1994, o programa vem se desenvolvendo lentamente, sem grande incentivo do governo.
FONTES ALTERNATIVAS
Energia solar
A luz do sol é uma energia renovável que pode ser utilizada para produzir energia e calor. É uma importante fonte energética, visto que, não é poluente e se caracteriza como uma fonte extremamente abundante. A eletricidade é produzida a partir de células solares, também chamadas de fotovoltaicas. Essas células possuem duas camadas: a superior, constituída de silício e fósforo, e a inferior, de silício e boro. À medida que recebe a luz solar, essa energia é transferida de uma camada para a outra, produzindo a corrente elétrica.
Essa fonte de energia atualmente é encontrada em vários aparelhos eletrônicos, como: vídeo-cassete, calculadoras e aparelhos de rádio. Esses coletores captam diretamente a energia solar e transformam em energia térmica, proporcionando o aquecimento da água (fato muito visto em Brasília, principalmente em casas nas áreas do Lago Sul e Norte). Em tais coletores, a energia solar incidente sobre uma placa metálica e provoca seu aquecimento. À medida que ocorre o aquecimento, aumenta a temperatura, sendo essa temperatura transmitida ao meio.
Energia eólica
A energia do vento é utilizada pelo homem desde tempos remotos. Os chamados moinhos de vento serviam para moer sementes de milho e trigo, em períodos remotos da antiguidade. Hoje ainda são muito utilizados para a retirada de água de poços artesianos. Como fonte de energia moderna, são construídas turbinas de ventos para a produção de energia elétrica. São instalados em regiões onde existe uma constância de direção e intensidade dos ventos. Uma das mais famosas localiza-se na Califórnia (EUA), em Altmont Pass. No Brasil, a utilização de energia eólica existe basicamente para a obtenção de água de poços.
Energia dos oceanos
É uma fonte inesgotável de energia, porém pouco aproveitada pelo homem devido à falta de investimento em pesquisa no setor. Essa fonte foi por muito tempo utilizada apenas como fonte de energia mecânica, atualmente ela pode ser utilizada como fonte de energia elétrica, funcionando com o mesmo princípio das hidrelétricas, com algumas adaptações relacionadas à movimentação das marés.
Energia geotérmica
Embora seja uma fonte pouco explorada mundialmente, a energia geotérmica é bastante benéfica ao meio ambiente, pois não necessita de vastas áreas, não produz gases nocivos, nem gera resíduos sólidos. Dentre as formas de utilização dessa fonte alternativa de energia, está a utilização de gêiseres. No Brasil a utilização de fontes geotérmicas é mais ligada a fatores turísticos, como Poços de Caldas (MG) e Caldas Novas (GO). O homem ainda não possui tecnologia suficiente para a exploração em larga escala.
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